
Com o mercado pet em expansão e tutores mais atentos, aumenta a procura por profissionais éticos e preparados para promover saúde integral aos animais
O Brasil vive um momento de transformação na relação entre pessoas e animais. Com o crescimento acelerado do mercado pet e a evolução da consciência social sobre os direitos e o bem-estar animal, tutores buscam não apenas tratamentos clínicos, mas cuidados que garantam qualidade de vida e respeito à dignidade dos seus companheiros.
De acordo com o Instituto Pet Brasil (IPB) e a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o mercado pet faturou cerca de R$ 75,4 bilhões em 2024, um crescimento de 9,6% em relação a 2023, demonstrando robustez mesmo diante de desafios macroeconômicos.
Esse crescimento vem acompanhado de mudanças marcantes no perfil do consumo: o segmento de pet food foi responsável por 54% a 55% do faturamento total - cerca de R$ 40 a 42 bilhões em 2024 – e os serviços veterinários e produtos veterinários cresceram entre 15% e 16%, com faturamentos próximos de R$ 7,7 bilhões e R$ 7,8 bilhões cada um.
Essa expansão financeira reflete diretamente a humanização dos animais de estimação: o Brasil conta com cerca de 160 milhões de pets, com média de 1,6 a 1,8 animal por residência e mais de 32 milhões de lares pet-friendly.
O gestor do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Max Planck (UniMAX), professor e médico-veterinário Dr. Neimar Roncati, reforça que os animais de estimação ocupam um espaço afetivo central nas famílias. "Nos últimos anos, os animais de estimação passaram a ser vistos como membros do núcleo familiar, o que desperta nos tutores uma preocupação maior com sua saúde, qualidade de vida e direitos’, explica o gestor.
Além disso, campanhas de conscientização, avanços da ciência veterinária e uma maior visibilidade de casos de maus-tratos, amplificados pelas redes sociais, despertaram nos tutores uma responsabilidade maior sobre a saúde física e emocional dos pets.
Novos médicos-veterinários
O crescimento de legislações e debates sobre os direitos dos animais também reforça essa transformação, que impulsiona a busca por profissionais mais preparados e humanizados.
Essa mudança impacta diretamente a atuação do médico-veterinário, que deixa de ser visto apenas como responsável por intervenções em casos de doença e passa a desempenhar um papel mais amplo: prevenção, atenção integral e defesa da vida animal.
Roncati destaca que essa transformação exige uma formação cada vez mais humanizada e atualizada. “Desde o início da vida acadêmica, os alunos da UniMAX vivenciam situações reais que exigem empatia e respeito à vida animal. O cuidado físico, emocional e comportamental é trabalhado em todas as disciplinas, sempre alinhado ao Código de Ética do Médico Veterinário”, explica.
Ele destaca que mais de 50% da carga horária do curso é dedicada às práticas, com contato direto com animais domésticos e não convencionais, estimulando uma visão integral que vai além do tratamento clínico.
Além disso, a medicina preventiva e o uso de novas tecnologias, como inteligência artificial e diagnósticos avançados, fazem parte da preparação dos futuros profissionais para atender às expectativas de um mercado que valoriza cada vez mais a qualidade de vida dos animais.
À medida que a sociedade se mobiliza em defesa dos direitos dos pets, cresce também a responsabilidade dos profissionais que cuidam deles — um movimento que reforça o bem-estar animal como prioridade e transforma a forma de fazer Medicina Veterinária no país.
Alinhada a essa transformação, a UniMAX oferece uma formação que une prática intensiva, ética e tecnologia, capacitando médicos-veterinários para atuar de forma integral e humanizada. As inscrições para o processo seletivo para o curso de Medicina da UniMAX estão abertas gratuitamente até 18 de agosto. Inscreva-se aqui.