A presença de temas polêmicos mostra que o objetivo da Bienal é tornar-se referência na discussão de assuntos importantes da cultura e da educação no Brasil
A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo abre sua programação 2010. A previsão é que 700 mil pessoas passem pelos estandes montados no Pavilhão do Anhembi até o dia 22 de agosto. A programação ficou mais extensa: 1100 horas, contra 700 horas da edição anterior. O evento terá quatro temas principais: os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, a lusofonia (identidade cultural entre os países de língua portuguesa) e o livro digital.
Um tema que promete mobilizar debates durante a feira é a nova lei de direitos autorais. A proposta do Ministério da Cultura, ainda em fase de consulta pública, prevê algumas mudanças que vêm causando polêmica no mercado editorial. Por exemplo, a permissão de cópias de livros para fins educacionais ou de obras esgotadas.
A presença destes temas polêmicos mostra que o objetivo da Bienal é deixar de ser apenas um acontecimento importante para o mercado editorial e tornar-se referência na discussão de assuntos importantes da cultura e da educação no Brasil. "Na comparação com edições anteriores, a programação tem um filtro muito maior", admite Augusto Massi, um dos curadores do evento.
Entre os destaques da feira estão a iraniana Azar Nafisi, autora de Lendo Lolita em Teerã, e o norueguês Jostein Gaarder, do best seller O Mundo de Sofia. Também participam personalidades de língua portuguesa como o angolano José Eduardo Agualusa, o moçambicano Mia Couto e o cineasta português Miguel Gonçalves Mendes, diretor do documentário José & Pilar, sobre a relação de José Saramago e sua esposa Pilar del Río.
Mais informações
Onde - Pavilhão de Exposições do Anhembi - Avenida Olavo Fontoura, 1209, Santana
Período - 13 a 22 de agosto
Horário - das 10h às 22h
Ingressos - R$ 10 (estudantes e professores pagam R$ 5)
POR: VAGNER COUTO